Site Meter muito velha para isso: outubro 2010

domingo, 31 de outubro de 2010

l-o-v-e

L-O-V-E's just another word I never learned to pronounce



sábado, 30 de outubro de 2010

Sibéria

Atráz de mim, um abismo. Aquele conhecido abismo. Já cansei de ficar arquitetando formas de chegar do outro lado do abismo. Quero tentar achar um jeito de voltar pro Havaí. Quero direcionar minhas forças pra isso somente.fim.

sábado, 16 de outubro de 2010

#7- para meu ex-namorado - pt.1

"Umidade relativa.
Por R. 16/10/2010 às 14:16




Eu não sabia como nomear aquilo tudo. Por falta de um nome melhor, chamei de amor. Era um amor como o dos bichos. Orgânico, quase biológico. Era um amor com prazo de validade, caso contrário, os corpos se consumiriam por culpa da atração intrínseca. Cada toque pedia mais, sempre mais.


Não era então um amor permeado do sofrimento protocolar como os da classe média. Era esse amor então o mesmo que as putas devem sentir por seus melhores clientes. Um amor que talvez se resumisse à pau, boceta, bocas e línguas, líquidos, jatos. Era um amor que poderia ser escrito por Bukowski e cantado por Waits. Era sujo e simples, mas não deixava de ser amor.


Era um amor 3x3. Era tv, cama, chuveiro. Era um amor que se alimentava sozinho, mas também dava comida na boca. Eram cumplicidades, conversas e certezas. Era um amor de não saber se era dia ou noite. E isso não importava.Os gemidos importavam, o suor importava. O toque objetivo e certo, gerando mais suores, mais gemidos. Era um amor em ciclos. Desses que não se importam com o corpo adormecido ao lado. Desses que que ronco vira ronronar e você se enrosca, mesmo que o calor seja quase insuportável. Era o amor que nos faz entender que os corpos se entendem, as almas não.



Era um amor que não se conta. Era inacreditável. Era despretenciosamente incrível. Acontece que não era amor. Era qualquer coisa sem nome.Eram todas as expectativas superadas. Era qualquer coisa entre a perfeição e o desespero. Era Delírio. "