Site Meter muito velha para isso: junho 2012

quinta-feira, 14 de junho de 2012

o mergulho

eu encaro as coisas da vida como se fosse mergulhar de um trampolim. lembro que quando eu era pequena, eu ia no espéria e tinha esse trampolin lá. e toda vez que eu pulava nele, sempre que eu tentasse voltar pra superficie antes de encostar no chão, eu não conseguia por causa da inércia, ou repuxo, não lembro mais como chama.
acho que tudo nessa vida é tipo isso. uma hora, você vai respirar de novo. mas você precisa passar pelo salto todo, sem tentar ir contra a força do pulo. sempre que eu tentava fazer isso, eu acabava engolindo água. e engolir agua, não é legal.




eu to sofrendo. eu acho que to passando pela experiência mais fucked up da minha vida. parte disso foi culpa minha. eu no começo disso tudo, sabia que eu tava pronta pra qualquer coisa, e nunca cheguei a cogitar a hipótese do meu companheiro não estar. e todo sim que eu falava, era um não que ele pensava e não tinha coragem suficiente de me falar. a história ensina que isso só dá uma coisa: merda.

eu to confusa. e to perdida. e preciso tomar uma decisão grande que vai afetar minha vida inteira. de novo. e eu não quero fazer isso. eu queria poder ver no futuro, como as coisas ficam. mas para ser sincera, minha intuição me manda seguir em frente, e meu coração me manda ficar. eu não consigo trair meu coração, mas eu também já fui tão machucada, que não consigo mais me trair. talvez eu de um tempo nas coisas. pra mim poder respirar. talvez eu abra mão de toda essa loucura e saia do são paulo. não sei.

eu preciso de ajuda.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

sobre o fim

eu tenho 23 anos. eu já fiz muitas coisas na minha vida. na verdade, eu fiz tudo o que eu quis fazer. e é dificil você ter feito tudo o que você quis fazer, por que, por mais que o mundo seja um lugar imenso e ainda tem milhões de coisas para se fazer e descobrir, eu não sei por onde começar. eu não tenho mais aquela vontade louca de fazer algo.
eu tenho 23 anos. eu tenho 23 anos e to saindo do meu primeiro casamento. e sinceramente, agora nem importa mais de quem é a culpa. importa são as ligações não feitas, ou como eu não to baixando a minha guarda, pq já baixei ela demais e não tive retorno nenhum.
eu tenho 23 anos, e toda vez que eu penso que eu vou ter que abrir mão dos meus gatos, que eu tanto amo e cuido e converso, eu quero morrer. na verdade, são inúmeras horas no dia que eu tenho vontade de morrer: quando eu sinto vontade de mudar o assento da privada, ou quando eu lembro quão bonitinha é a cortina do box do banheiro. ou como eu preciso de uma cômoda, ou que eu preciso terminar de instalar as redes de segurança e principalmente, que eu comecei a instalar as redes de segurança.
eu to sofrendo. eu to sofrendo muito, e talvez, acho que eu nunca sofri tanto assim por amor, ou por alguém e a verdade é uma só: eu venho sofrendo faz tempo. e eu aguentei meio calada, meio reclamando, acho que eu não fui enérgica ou fui permissiva demais, como sempre. não sei. só sei que dói.
e uma parte de mim quer correr atraz, mas a maior parte já diz que chega. a maior parte sempre vence. e nisso, eu acabo tendo respostas que eu não quero enxergar. "se uma pessoa te ama, ela corre atraz" mas ele nunca correu atraz, pq eu deveria? "se a pessoa se importa, ela não te faz mal" ele nunca pensou se ia me afetar de uma forma boa ou ruim antes de agir.
eu lembro dos meus desafetos e corações partidos de quando eu era adolescente. eu gritava, chorava e berrava, mas no final ficava tudo bem, pq eu tinha minha vida. terminar um casamento é bem mais difícil, e eu nunca achei que um coração partido pudesse doer tanto. e dói, acredite em mim.
e agora eu to aqui, querendo acreditar que existem 7 milhões de pessoas no mundo e que eu sou muito amada, mas a verdade é que nada vai ser igual a voltar pra casa, pegar meus gatos no colo, e abraçar meu ex marido.